Warning: exec() has been disabled for security reasons in /home/storage/8/6a/a1/cursosinterativos1/public_html/blogmetodologia/wp-content/plugins/wp-video-posts/classes/wpvp-helper-class.php on line 31
Blog CURSOS INTERATIVOS Metodologia ADVANCE | Ensino interativo
Dia a Dia Informativos TREINAMENTOS

Saiba diferenciar o que é gasto, despesa, custo e investimento em sua escola

Quem trabalha em cargos relacionados às funções administrativas dentro das instituições de ensino, direta ou indiretamente, se depara com termos como gasto, despesa, custo, investimento, entre outros.

Seja qual for a função exercida na escola (professor, coordenador pedagógico, financeiro, diretoria etc.), todos lidam diariamente com situações de tomada de decisão onde esses conceitos contábeis se fazem necessários (para uns, é claro, mais que para outros). Isso porque muitas tomadas de decisão (a nível operacional, tático ou estratégico) só podem ser feitas de forma assertiva por quem dispõe desses conhecimentos.

Sendo assim, é importantíssimo que você entenda a divisão de gastos de uma escola. Pensando nisso, a postagem de hoje tem como objetivo esclarecer as principais terminologias e conceitos básicos de gestão contábil para auxiliar você com as tomadas de decisão, precificações dos serviços prestados pela escola, realizar investimentos, entre outras coisas. Então, vem comigo!

Terminologias

Desembolso

É quando, de fato, ocorre o dispêndio da quantia monetária. De forma mais simplificada, pode-se dizer que o desembolso é o pagamento em si, ou seja, é quando abrimos a carteira e entregamos o dinheiro, ou quando se realiza a transferência bancária etc.

É resultado da aquisição do bem ou serviço. A aquisição pode ocorrer antes, durante ou após o desembolso.

Gasto

O gasto é um termo amplo, genérico, e indica a compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para a entidade (o “desembolso”, que expliquei acima). Sacrifício esse representado por entrega presente ou futura de recursos. Custos e despesas são considerados gastos, mas diferem-se por suas finalidades e características. Veja a seguir.

Custo

Custo: O custo é um gasto relativo a um bem ou serviço que é obrigatoriamente utilizado na produção de outros bens e serviços, ou na prestação de serviços.

Portanto, gastos identificáveis ao processo de produção ou de prestação de serviços são CUSTOS.

No caso das instituições de ensino, os custos costumam ser mais voltados para prestações de serviços e comércio.

Custos na Prestação de Serviços

  • Mão de obra, material de consumido na prestação de serviço, uso de equipamento (depreciação) etc.

Custos no Comércio

  • Mercadoria Adquirida para Revenda (preço pago)
  • Custo da Mercadoria Vendidas (CMV)
  • Etc.

Despesas

Bens ou serviços consumidos diretamente para a obtenção de receitas.

É um gasto aplicado na realização de uma atividade que vai gerar renda efetivamente ou que poderá gerar uma renda, mas não ligado diretamente ao produto ou serviço prestado.

Não contribuem ou não se identificam com a transformação da matéria-prima.

Ex.: comissões de vendedores, juros, alugueis (se for do escritório, pois se for aluguel da fábrica considera-se como custo), honorários administrativos, despesas financeiras, salários do pessoal da administração.

Podem passar pelo estágio inicial de investimento (materiais, equipamentos), ou classificam-se imediatamente despesas, como é o caso de comissão de vendedores.

Resumindo

Custos x Despesas

Gastos identificáveis ao processo de produção são CUSTOS e não despesas.

Gastos identificáveis à administração, os financeiros e os relativos a venda são tratados como DESPESAS.

Investimento

Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros, como aquisição de máquinas, veículos, ferramentas etc. Esses investimentos tornam-se custos ou despesas em momentos futuros com o seu uso. Uma empresa em situação normal geralmente utiliza o lucro gerado para realizar investimentos.

Perda

Bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntária. Não é um sacrifício feio com intenção de obter receitas.

Não se deve confundi-los com as despesas e custos. Para facilitar, lembre-se sempre que a perda tem características de anormalidade (algo fora do esperado).

Não confundir com a perda normal de materiais no processo produtivo, como aparas, sobras de materiais, sucatas.

Exemplos de perdas: perdas devido a incêndios, enchentes, obsolescência, salários de pessoal em greve etc.

Custos diretos e indiretos

Os custos diretos são aqueles que são possíveis de serem atribuídos a determinado produto e tem a propriedade de ser perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva.

Exemplo: custos com a aquisição de parafusos para montagem de carrinhos de controle remoto. Nesse caso, eu consigo mensurar quanto gastei com esses parafusos para cada carrinho.

Os custos indiretos não podem ser desmembrados e atribuídos individualmente a cada produto ou serviço prestado.

Exemplo: custos com energia elétrica dessa fábrica que produz carrinhos. Como ela também produz caminhões e motos de controle remoto, é impossível determinar quanto de energia elétrica foi gasta na produção de cada tipo de produto (carrinho, caminhão ou moto) dessa fábrica. Sendo assim, para calcular os custos indiretos, pode-se usar técnicas de rateio, sendo necessário que se estipule critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado.

Custos e despesas fixos e variáveis

Esses são dois conceitos simples de se compreender. Os termos “fixo” e “variável” já dão a ideia do que querem dizer.

Os custos e despesas fixos são aqueles que não mudam em relação ao volume produzido (quantidade) ou volume do serviço prestado. Um exemplo clássico de custo fixo é o salário do vigia noturno da fábrica. Se você fabricou 300 ou 500 carrinhos no mês, o salário desse vigia será o mesmo, certo? Logo, é um custo fixo.

Um exemplo de despesa fixa é aquela com a limpeza do escritório, ou os salários do pessoal do Dpto. Financeiro. Eles não têm relação com a fabricação do produto ou prestação do serviço (logo, são despesas) e não tem relação com o volume da produção (logo, são fixos).

Outros exemplos de Custos e Despesas Fixos: Limpeza e conservação, aluguéis de equipamentos e instalações, água, material de escritório, segurança etc.

Métodos de Custeio

Para realizar a precificação de um curso primeiro é necessário realizar o seu custeio. Dentre os métodos existentes, os dois principais são:

Custeio por Absorção
Acumula todos os custos de produção/prestação de serviços (somente os custos).

É usado para fins legais (societários e fiscais) e, eventualmente, gerenciais.

Custeio Variável

Apropria custos e despesas variáveis aos produtos (somente os que são variáveis).

Somente para fins gerenciais (não tem fins fiscais). Serve apenas para análises, tomadas de decisão a nível estratégico, tático etc.

O Custeio Variável é baseado na Margem de Contribuição (MC), conceituada como a diferença entre o total de receitas de venda com a soma dos custos e despesas variáveis (Receita Total de Vendas – Custos e Despesas Variáveis = MC) e possui a faculdade de tornar mais fácil e visível a potencialidade de cada produto para absorver custos fixos e proporcionar lucro. Veja o exemplo abaixo:

Existem diferenças ao precificar produtos e serviços. No caso de cursos, pode ser que o que sua escola ofereça seja um misto de ambos, já que ela provavelmente fornece material didático etc.

Alguns conceitos importantes na hora de precificar um curso e que não irei mencionar nessa postagem devido a sua complexidade e variação de empresa para empresa são:

  • Taxa de Marcação (Markup)
  • Pontos de equilíbrio (Contábil, Financeiro e Econômico)
  • Incidência dos impostos sobre o preço dos produtos (imposto que incidem “por dentro” e “por fora”) etc.
  • Entre outros.

A nossa intenção com essa postagem dar-lhe uma visão generalista sobre os conceitos contábeis envolvidos na hora de precificar o seu curso, para que você seja capaz de tratar de assuntos relacionados no seu dia a dia como profissional. Vale ressaltar que é sempre necessária a orientação de um especialista da área que irá analisar o caso de sua instituição de ensino de forma específica e minuciosa, portanto, consulte sempre seu contador.

E aí, gostou da postagem de hoje? Espero que você tenha tirado bastante proveito.

Deixe o seu feedback no espaço de comentários abaixo. Até a próxima! 😊

Comentários

comentários

Como você realiza a gestão das obras da sua escola?
Vendas: Como converter os prospects em alunos
Leia também